O freio do pênis é uma estrutura presente em praticamente todos os homens que não foram operados de fimose.
No entanto, muitas pessoas não o conhecem e acreditam que seja normal causar certos desconfortos.
Desta forma, o objetivo deste artigo é explicar o que é o freio do pênis, a sua função, como ele é diagnosticado e quando devemos retirá-lo.
Índice
O que é freio do pênis?
É uma discreta extensão elástica do prepúcio, na parte posterior do pênis, que o conecta a glande. É também chamado de freio do prepúcio.
Esta estrutura está presente em praticamente todos os homens desde o nascimento.
Ela possui extensões diferentes, assim como aspecto e espessura.
Existem pacientes que apresentam um freio elástico, longo e que mal percebem a sua presença.
No entanto, existem outros freios mais rígidos e curtos que podem pressionar a região e gerar sintomas.
A função do freio é proteger a porção posterior do pênis e garantir uma distensão adequada durante o seu ingurgitamento na ereção.
No entanto, a sua remoção não gera consequências ou fragilidade nesta região.
O que é o freio curto do pênis?
O freio é considerado curto quando apresenta um menor tamanho e/ou rigidez, gerando maior tensão local quando o pênis está em ereção.
Essa tensão pode causar uma curvatura da cabeça do pênis em direção ao freio (para baixo), assim como diversos sintomas nesta região.
Sintomas
Na maioria dos casos, o freio do prepúcio isolado não causa sintomas.
No entanto, alguns pacientes podem se queixar de:
- Dor durante a relação;
- Sangramentos ou feridas no freio;
- Vermelhidão e inchaço na região;
- Coceira;
- Cabeça do pênis curvada para baixo;
- Infecções.
Caso apresente sintomas, é necessário procurar um médico urologista para avaliação e tratamento.
A ruptura ou rompimento do freio pode gerar sintomas mais intensos e agudos, que serão explicados a seguir.
Rompimento do freio do pênis
O rompimento do freio do pênis pode ser dividido em lacerações discretas, rompimento parcial e total.
Lacerações discretas são pequenas fissuras que surgem no freio do pênis, associada a discreto sangramento, inchaço e sensibilidade local.
Ocorrem normalmente durante o ato sexual, sem impedir o término da relação.
O tratamento é feito com o uso de analgésicos, anti-inflamatórios, pomadas tópicas e repouso até a cicatrização das fissuras.
Já nos casos de rompimento parcial do freio, os sintomas costumam ser mais exuberantes, com sangramento, dor importante e necessidade de interromper a relação.
É recomendado procurar o pronto socorro para uma avaliação e verificar se há necessidade de cirurgia ou apenas curativo, seguido de repouso e uso de medicamentos.
Enquanto isso, o rompimento completo do freio é considerado uma urgência médica, devendo ser prontamente identificada e tratada.
Esta região é extremamente vascularizada e o seu rompimento total pode causar um grande susto, devido ao sangramento intenso e a dor associada.
O homem deve procurar imediatamente o pronto socorro para analgesia, avaliação e, muitas vezes, o tratamento cirúrgico com cauterização, pontos e curativo compressivo.
Diagnóstico
O freio do prepúcio é diagnosticado pelo médico urologista através do exame físico.
O urologista irá avaliar o pênis flácido e depois irá tracionar a pele para verificar a presença de fimose, excesso de prepúcio e freio.
Não são necessários exames complementares para diagnosticar essa condição.
O médico poderá solicitar exames complementares para uma avaliação pré operatória antes da cirurgia, como:
- Hemograma e coagulograma;
- Urina 1 com urocultura;
- Radiografia de tórax;
- Eletrocardiograma.
Tratamento
O tratamento é realizado através da frenuloplastia.
Não existem medicamentos ou tratamentos naturais para essa condição.
Também não é recomendado tratamentos caseiros com manipulação ou tração excessiva desta região, que pode romper e gerar complicações.
A cirurgia é um procedimento simples, rápido e fácil.
Pode ser realizado em centro cirúrgico ou consultório e tem duração de até 30 minutos.
Caso o homem apresente excesso de prepúcio e fimose, a cirurgia de fimose pode ser realizada no mesmo momento (se o paciente desejar).
Neste procedimento é retirado o excesso de prepúcio, anel fimótico e também o freio do prepúcio.
Por fim, são realizados pontos absorvíveis que cicatrizam ao longo das semanas.
Quando devo retirar?
Ele deve ser removido quando incomoda o homem.
Isso porque o freio curto pode gerar dor ou desconforto quando o pênis encontra-se ereto, ou mesmo causar sangramentos e lesões nesta região após sua manipulação.
É comum homens relatarem que sentem um inchaço local, associado a uma vermelhidão que atrapalha a relação e a masturbação.
A presença de infecções de repetições, como as balanites ou as balanopostites, também são indicações para a cirurgia.
Esta condição costuma estar presente com maior frequência quando associada a fimose, impedindo a higiene adequada da glande.
Onde operar?
Realizo este procedimento cirúrgico nos principais hospitais de São Paulo (SP), junto com minha equipe.
Estamos à disposição para receber você em meu consultório.
Ele fica localizado no Jardim Paulista em São Paulo, próximo aos bairros: Jardins, Bela Vista, Pinheiros, Higienópolis e Consolação.
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Conclusão
Neste artigo, explicamos o que é o freio do pênis, para que ele serve, como é identificado e quando devemos operá-lo.
Espero que tenham gostado do artigo!
Um abraço.
Perguntas frequentes
É normal o freio se romper?
Não. O rompimento do freio é uma urgência médica que deve ser prontamente identificada e tratada.
A ruptura do freio causa dor e sangramento intensos que devem levar o homem a procurar atendimento médico no pronto socorro.
Quem tem o freio curto pode ter filhos?
Sim. Caso o freio curto não impeça o homem de ter relações normalmente e ejacular, ele não atrapalha o homem e, consequentemente, não o impede de ter filhos.
No entanto, casos em que o freio curto impede o homem de ter relação ou ejaculação, é necessária a sua remoção.
Referências
- Song, B, and Z-M Cai. “Possible function of the frenulum of prepuce in penile erection.” Andrologia vol. 44,1 (2012): 23-5. doi:10.1111/j.1439-0272.2010.01099.x
- Gyftopoulos, Kostis. “Male dyspareunia due to short frenulum: the suture-free, “pull and burn” method.” The journal of sexual medicine vol. 6,9 (2009): 2611-4. doi:10.1111/j.1743-6109.2009.01357.x
- Ministério da Saúde.